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Tarsila do Amaral

01/09/2011 / Ana Mello

Hoje Tarcila completaria 125 anos de vida.

Nascida em 1886, Amaral ficou conhecida principalmente pelo seu quadro Abaporu, produzido em 1928, o qual marca a inauguração do movimento antropofágico da cultura brasileira. Diversos artistas da época aderiram a essa tendência como movimento para reforçar a predominância de traços nacionais nas produções artísticas culturais. O próprio nome da obra, Abaporu, é uma palavra indígena que significa “homem que come carne humana”, referência ao termo da antropofagia no modernismo plástico brasileiro. Tal movimento foi idealizado por seu marido, Oswald de Andrade, com quem se casou em 1926.

Tarsila participou ativamente da renovação da arte brasileira que se processou na década de 1920. Integrou-se ao movimento modernista e ligou-se com especial interesse à questão da brasilidade. Formou, com Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, com quem se casou em 1924, o chamado Grupo dos Cinco.

Estudou com Pedro Alexandrino, a partir de 1917, e depois com George Fischer Elphons, em São Paulo. Em Paris freqüentou a Académie Julien, sob a orientação de Émile Renard. Entrou em contato com Fernand Léger, cujo estilo a marcou sobremodo, André Lhote e Albert Gleisse, e estruturou sua personalidade artística a partir das influências cubistas. Em 1922 participou em Paris do Salão dos Artistas Franceses.

Retornando ao Brasil em 1924, percorreu as cidades históricas mineiras em companhia do escritor francês Blaise Cendrars. Deslumbrada com a decoração popular das casas dessas cidades, assimilou a tradição barroca brasileira às recém-adquiridas teorias e práticas cubistas e criou uma pintura que foi denominada Pau-Brasil. Essa pintura inspirou um movimento, variante brasileira do cubismo, e influenciou Portinari.

Site oficial: http://www.tarsiladoamaral.com.br/